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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Associação Comercial debate segurança com autoridades

REUNIÃO NA ACEIS - Vários questionamentos foram feitos pelos comerciantes presentes

ILHA SOLTEIRA - SP

A Aceis (Associação Comercial e Empresarial de Ilha Solteira) realizou na última sexta-feira, 01, um encontro entre empresários e autoridades de segurança do município para discutir o aumento de ocorrências de furtos e roubos no comércio ilhense. Participaram da reunião representantes das Polícias Civil e Militar, Prefeitura e Guarda Municipal.
O presidente da entidade empresarial, Renato Lima de Souza, explicou que o objetivo do encontro foi o de ouvir das autoridades quais as ações estão sendo desenvolvidas em suas respectivas áreas em relação à preocupação dos empresários com a frequência de ações criminosas nos estabelecimentos comerciais, que vem causando medo nos comerciantes, funcionários e nos consumidores.
Cada autoridade teve até 10 minutos para expor suas ações aos comerciantes. As três instituições - GM, PC e PM - destacaram a falta de efetivo como um dos principais problemas para sua perfeita atuação na cidade. O GM Hércules, que representou o diretor municipal de Segurança e Trânsito, Gilmar Batista Soares, disse que a Guarda é “bem treinada para servir bem à população”.
Hércules ressaltou ainda o fato dos guardas não serem armados, fato que impossibilitou a atuação dos guardas em dois roubos recentes a comerciantes. Ele lembrou que houve autorização da Justiça para que os guardas trabalhassem armados, mas que a administração municipal não é favorável. Hércules lembrou ainda que a GM está à disposição 24 horas por dia e que trabalha em conjunto com as polícias. “A Guarda Municipal sabe até onde pode ir. Não quer passar por cima de ninguém”.
O sargento Moacir, representando o capitão Marcelo Severino Batista, disse que o efetivo de Ilha Solteira também presta apoio a ocorrências em Itapura, Pereira Barreto, Sud Mennucci e Suzanápolis. Segundo ele, o objetivo da PM é prevenir o delito. “A Polícia Militar faz o máximo para que não aconteça”. Moacir destacou o trabalho em conjunto entre a GM, PC e PM como um ponto positivo para a área da segurança do município
Delegado afirma que a cidade é a que mais faz prisões na região
O delegado Miguel Ângelo Micas, disse que Ilha Solteira é uma das poucas cidades que se preocupa em discutir a questão da segurança. Entretanto, Micas disse que não basta apenas cobrar e pedir explicações, mas que a população deve  participar mais das ações de segurança, sendo “mais pró-ativa” e denunciando sempre que tiver alguma informação importante para as polícias.
Micas também falou do efetivo e disse que Ilha Solteira conta hoje com apenas dois investigadores, sendo que um está prestes a aposentar e o outro mora em Jales e pretende permanecer na cidade de origem. Outro ponto destacado foi a união das três instituições de segurança. “Hoje não se tem divisão. Só em Ilha Solteira acontece isso. É uma força a mais que trabalha em conjunto. Ilha Solteira é a única que apresenta sempre redução de índices de criminalidade. Ilha Solteira faz mais prisões que toda a região de Andradina”, garantiu.
O delegado lembrou que são abertos três concursos para a Policial Militar por ano. Já a Polícia Civil estaria há cinco anos sem abrir concurso para investigador. “Nós estamos fazendo tudo no limite e é preciso valorizar esse trabalho. Posso pedir para o Estado [aumento de efetivo], mas vai demorar três anos, vocês podem esperar”, disse Micas.
Prefeito destaca entrosamento como ponto de destaque
O prefeito Edson Gomes também destacou o “entrosamento” entre as forças de segurança e disse que a prefeitura é solidária nas dificuldades das Polícias Civil e Militar. Para ele, as forças de segurança atuam em “situação delicadíssima” e que o Poder Executivo Municipal tem buscado “melhores condições de segurança para atender a comunidade”.
Após os pronunciamentos, os comerciantes fizeram questionamentos e um deles foi em relação ao monitoramento da cidade, que há tempos vem sendo divulgado. Sobre as câmeras, o prefeito disse que aguarda recursos do Governo Federal e Estadual para a execução do projeto.
Outro questionamento foi em relação ao armamento para a Guarda Municipal. O prefeito disse que tem uma concepção diferente de Guarda Municipal e ressaltou que alguns guardas defendem o armamento e outros não. “Não é a Guarda com um [revólver] 38 que vai solucionar. Temos que discutir outras medidas em conjunto para melhorar a segurança. Sou reticente. Não vejo que iria solucionar”, disse Gomes.
No final do encontro foi proposta a criação de um Fundo Empresarial de Segurança, sugerida pelo professor Osmar Martins de Oliveira, e também foi aberta para adesão uma campanha para a compra de equipamentos para a identificação de impressões digitais nas cenas de crimes em Ilha Solteira. Segundo a polícia, a polícia não dispõe desse equipamento, que auxilia de maneira rápida o esclarecimento de autoria.

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